On se réveille à 8h30. Le petit-déjeuner ne doit pas être trop riche, parce qu’aucun effort particulier n’est à prévoir.
Ménage complet de l’appartement, dans le soleil. Je rince les grandes plantes, sous l’artificielle pluie tropicale de la douche. Nous nous sommes répartis les tâches.
Préparation du déjeuner, après le survol de quelques articles de presse ; inutiles.
Je me remémore la communication collective d’hier avec d’anciens collègues du lycée américain à Istanbul. Ils m’ont semblé inchangés, comme à l’abri du temps dans leur résidence, précaires aussi, à la merci des permanents bouleversements politiques et économiques, comme les majordomes d’un parvenu aux finances mal assurées.
Libre, je me plonge à nouveau dans la lecture d’un roman de Jules Verne, voyage en voiture à cheval, à dos de dromadaire du côté de Kertch.
J’ouvre un recueil de poésies de Houellebecq pour mettre la main sur un vers qui décrirait le dimanche. Or, il manque les prémices d’une époque, perceptibles ce dimanche.
Archives quotidiennes :
Um CANTINHO
L., M. e B. estão na sala, lendo, fazendo siesta, ao telefone. Sinto uma necessidade imensa de me isolar. Fecho a porta e descubro um novo cantinho no quarto de 9m².
O quarto não é meu mas tem me recebido com muito calor durante o confinement. Penso o quanto gosto dele. Da estante de livros no nicho inclinado ; do poster Volver e da companhia da Pénelope ; da serigrafia Samba da Cassia ; das fotos da Derot e da Nicola, minhas anjas da quarentena ; da Marielle presente. Talvez o que mais me conforta é que toda tarde o sol entra direto alongando-se por toda a profundidade do quarto. Escrivaninha, cadeira, criado-mudo, cômoda, cama, chão. Ninguém fica isento entre umas 3 até umas 6 e pouquinha.
Desenrolo meu tapete de yoga entre a escrivaninha e a cama, caçando um pedaço de chão para receber o sol. Tiro a roupa, fecho os olhos, ponho um Caetano no celular e deixo um mar de lagrimas desaguar pelo meu rosto até encontrar meu pescoço. E permaneço, me perdendo no meu choro.
Confinamento : oportunidade de reinvenção, potência para criar ?
As vezes – muitas – a gente só quer mesmo é chorar profundamente.
* Ce dimanche de mélancolie, les mots me sont venus qu’en portugais.